Que se aquietem todos! Que saibam que não somos um ‘nós’, que escolhemos, conscientemente, sermos teia de nuvens a anunciar tempestade … mar revolto a ameaçar naufrágio … dunas a formar tempestade de areia … flores bravias a gritar primavera … pássaros selvagens a roçar o infinito … sol de inverno a imitar calor. Apenas.
Que se
aquietem todos! Que saibam dos receios, do desprendimento, da lassidão! Que
saibam que decidimos não ser. Que as nuvens se contiveram, que o barco se
manteve à tona, que a areia acalmou, que os pássaros não levantaram voo, que o
sol não aqueceu.
Nunca
fomos!
Olá, Ana!
ResponderEliminarNão é nada fácil a quietude de espírito neste mar tempestuoso, a bordo de barco há muito sem timoneiro - e que já nem mesmo terá leme...
Ainda assim, que se cumpra a profecia - e se chegue a porto seguro.
Bonito texto!
Bom fim de semana; abraço amigo.
Vitor