Teresa, uma jovem de 15 anos, deixa
Lisboa com os pais e o irmão, mais novo, para ir viver para Nova Iorque. Sente
dificuldades em adaptar-se, sobretudo no que respeita à língua. Angel, o seu
único amigo, um rapaz brasileiro, homossexual, é perseguido e agredido, física
e emocionalmente na escola, por causa da sua orientação sexual - a
homossexualidade é, aliás, um tema
recorrente na obra do autor. O pai de Teresa morre, deixando os filhos
entregues a uma mãe
displicente e nada afectiva. Apesar da forte ligação de protecção que
tem com o irmão, a jovem começa a beber e planeia o suicídio. Mas tudo muda com
a quase morte do rapazinho.
Apesar de um estilo completamente
diferente do habitual, Zimler mantém a genialidade das suas personagens. Neste caso, destaca-se Teresa, uma adolescente
detentora de um petulante humor negro e de uma incrível capacidade de amar. No
seu riquíssimo mundo interior, a rapariga é uma ilha, rodeiam-na sentimentos e
atitudes que – presume ela – a protegem do exterior.
“Às vezes agarramos um momento e enfiamo-lo
no bolso e sabemos que vamos andar com ele o resto da nossa vida.” Teresa
Eis o que, na minha opinião,
caracteriza a genialidade de um escritor: transformar um conceito simples em
palavras memoráveis!
Richard
Zimler nasceu em 1956, em Roslyn Heights,
Nova Iorque. Fez um bacharelato em
Religião Comparada, na Duke University e um mestrado em Jornalismo, na
Stanford University. Trabalhou como jornalista em São Francisco. Em 1990 mudou-se para o
Porto onde foi professor de jornalismo,
na Escola Superior de Jornalismo e na Universidade do Porto. Como escritor ganhou inúmeros prémios.
Publicou:
- O Último Cabalista de Lisboa
- Trevas da Luz
- Meia-Noite ou o Princípio do Mundo
- Goa ou o Guardião da Aurora
- À Procura de Sana
- A Sétima Porta
- Confundir a Cidade com o Mar
- Dança Quando Chegares ao Fim
- Os Anagramas de Varsóvia
- Ilha Teresa
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