MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA
A
história fascinante de uma menina que é vendida, aos nove anos, para ser
tornar, anos mais tarde, numa famosa gueixa do bairro de Gion, em Quioto, cerca
dos anos 20. A narradora leva-nos através da ingenuidade da sua infância
perdida, das desilusões da adolescência e de um amor de quase sempre que acaba
por viver na plenitude da sua vida adulta. A verdade é que, se estivesse nas
minhas mãos decidir o destino de Sayuri – blasfémia! -, tê-la-ia feito
apaixonar-se, inesperada e perdidamente, por Nobu, o herói de uma guerra que o
deixara sem um braço e com a pele do rosto desfigurada pelas queimaduras, de
caráter irascível e duro, mas senhor de um sentido de honra irrepreensível e de
um autodomínio unicamente abalável quando olhava para Sayuri como se ela fosse
o Sol! Diz Nobu, num assomo de simplicidade, profundidade e tristeza atroz: "Não gosto de ter a acenar diante de mim as coisas que não posso ter." Reconheço, no entanto, que deve ser difícil resistir à tentação de unir
a heroína ao galã comum. Entramos num mundo estranho e peculiar do qual,
confesso, conhecia apenas alguns contornos. Sem dúvida, um dos melhores livros
que li ultimamente!
Arthur
Golden nasceu em Chattanooga, no Tennessee, em 1956. Formou-se em História de
Arte, na Universidade de Harvard, e especializou-se em Arte Japonesa, na Universidade
de Columbia, devido à sua atração pelo mundo oriental, que o levou, também, a
aprender mandarim e a viver em Pequim e Tóquio. Trabalhou como editor no
Chattanooga Times Golden. Vive, atualmente, em Brooklin, Massachussets.
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