A VIDA NUM SOPRO
Um
romance que atravessa os conturbados anos 30, em Portugal, e que culmina num
fim trágico que vinha a delinear-se desde o meio da história. Um país
profundamente conservador, marcado por valores tradicionais impostos pelo
Estado Novo e a sua polícia política, a PVDE.
Lamentavelmente, explora-se mais a Guerra
Civil de Espanha do que o pano de fundo histórico português. Teria sido
interessante aprofundar o retrato social e político de uma época ainda tão
recente e cujas repercussões ainda se manifestam na nossa sociedade. Algumas
incongruências básicas tendem a baralhar o leitor.
A linguagem
é corrente, simples, fluída, sem grandes pretensões a nível literário, o que me
parece um incentivo à leitura por parte de leitores menos experientes.
Ao que
parece, a história baseia-se na vida real dos avós do autor, o que se revela
bastante atrativo. Quem não tem histórias de família deste género para contar?
Falta é criatividade e capacidade de escrita – mesmo em linguagem corrente,
simples e fluída! – para as contar!
José
Rodrigues dos Santos nasceu em Moçambique, em 1964. Começou a sua carreira como
jornalista, em Macau, na Radio Macau. Licenciou-se e doutorou-se,
posteriormente, em Comunicação Social, na Universidade Nova de Lisboa, em 1987.
Foi trabalhar para londres para a BBC e regressou a Portugal, em 1990, para a
RTP. Colaborou com a CNN de 1993 a 2001. Ganhou vários prémios académicos e
jornalísticos. Para além de jornalista é professor de ciências da educação e
escritor.
Escreveu: A Ilha das Trevas
(2002), A Filha do Capitão (2004), O Codex 632 (2005), A
Fórmula de Deus (2006), O Sétimo Selo (2007), A Vida num Sopro (2008), Fúria
Divina (2009), Conversas de Escritores (2010), O
Anjo Branco (2010), O Último Segredo (2011)
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