NOITE
Passo
a noite reconstruindo aquele momento, reescrevendo as tuas palavras por nascer.
Sabes
que desenhas tempestades com os teus silêncios, fogos de artifícios com as
palavras que ainda têm medo de ser?
Os
teus olhos, varandins de onde nos avisto, têm caligrafias ilegíveis,
distorcidas. Dança-te nos olhos a minha vontade.
Transponho
a cancela da tua alma, não para entrar no teu mundo, mas para sair de todos os
outros.
Debruço-me
no teu sopro e respiro-te.
Amanheço
na tua face.
Escrever-te
é como beijar-te sem lábios…
Olá, Ana!
ResponderEliminarNoite longa e mal dormida, esta. Que ainda assim terá sido fonte de prazer - e compensada por um amanhecer contente.
Um abraço e boa semana
Vitor