CRÓNICA DO REI PASMADO
É uma narrativa bem humorada e mordaz, repleta de
críticas à moral e bons costumes da Igreja e da sociedade em geral, profundamente
influenciada pela Fé.
Transforma-se
uma questão trivial - o desejo de um marido de ver a sua mulher nua (depois de
ter passado a noite com uma cortesã) - num episódio extraordinário, pelo ‘simples’
facto de o marido ser o rei Filipe IV de Espanha, II de Portugal, e a esposa a
rainha.
Numa Espanha do século XVII, dominada pela
Inquisição, numa época em que o formalismo da corte exigia um requerimento - formal, justificativo e humilhante - de cada vez que o
soberano pretendesse passar a noite com a rainha, era natural que o clero fosse
em
defesa do pudor, da reserva e dos bons costumes, atribuindo os hipotéticos
fracassos da nação à vingança divina pelos pecados carnais do rei.
No entanto, apesar das medidas tomadas para evitar
que os reis se encontrem a sós, um jesuíta português, uma cortesã, uma madre
superiora de um convento e um conde galego ajudarão a levar a cabo um plano que
ludibrie a Igreja.
Olá, Ana!
ResponderEliminarRei com poderes limitados, carecendo de autorização para ver o que naturalmente julgava ser seu por direito...
E atribuir os eventuais fracasso do rei ao seu comportamento em cama alheia, era argumentação "inteligente" e que dava jeito - por parte de quem defendia os valores da "moral" do tempo...
Obrigado pela sugestão.
Um abraço e boa semana.
Vitor