EXILADOS
Felizmente nunca tive consciência do que era viver sob a ditadura e, infelizmente, era muito pequena para apreender a completude do 25 de Abril e pós-25 de Abril. Mas, sendo essa uma época que me fascina, particularmente, até pela proximidade no tempo, gostei bastante de ler este livro. A história faz-nos seguir o percurso profissional e afetivo de uma herdeira de um dos grupos financeiros dominantes em Portugal, à época. Apresenta-nos os dois lados da sociedade: os que ganharam a liberdade (usando-a com mérito ou demérito) e os que perderam dinheiro e estatuto. A protagonista leva-nos de Portugal a África e, posteriormente, ao Brasil, país onde o último grupo se refugiou em massa. De lamentar, no entanto, a revisão científica que permitiu uma série de gralhas, erros e incorreções a nível da construção frásica.
Felizmente nunca tive consciência do que era viver sob a ditadura e, infelizmente, era muito pequena para apreender a completude do 25 de Abril e pós-25 de Abril. Mas, sendo essa uma época que me fascina, particularmente, até pela proximidade no tempo, gostei bastante de ler este livro. A história faz-nos seguir o percurso profissional e afetivo de uma herdeira de um dos grupos financeiros dominantes em Portugal, à época. Apresenta-nos os dois lados da sociedade: os que ganharam a liberdade (usando-a com mérito ou demérito) e os que perderam dinheiro e estatuto. A protagonista leva-nos de Portugal a África e, posteriormente, ao Brasil, país onde o último grupo se refugiou em massa. De lamentar, no entanto, a revisão científica que permitiu uma série de gralhas, erros e incorreções a nível da construção frásica.
Manuel Arouca nasce em Porto Amélia,
Moçambique, a 3 de Janeiro de 1955. Viaja pela Europa e pelos Estados Unidos.
Entra na Faculdade de Direito e é nesse período que escreve Filhos da Costa
do Sol, o seu primeiro romance, considerado um dos mais importantes best-sellers
dos anos oitenta, e Ricos, Bonitos e Loucos. Desiste da advocacia e
dedica-se inteiramente à escrita. Foi autor de argumentos de novelas,
nomeadamente Jardins Proibidos, A Jóia de África, Baía de
Mulheres, entre outras. Interrompeu, em 2004, a sua actividade como
guionista para se dedicar exclusivamente à escrita de Deixei O Meu Coração
Em África.
Provavelmente um livro interessante. Há que conhecer esse lado da questão.
ResponderEliminarOlá, Ana!
ResponderEliminarPrimeiramente, os chamados retornados não eram exactamente muito queridos, ou mesmo bem vistos por quem estava na Metrópole - nome dado por quem estava no Ultramar.
Só há pouco tempo, já bem mais tarde e como pó assente, o outro lado da História - contadas na primeira pessoa - tem vindo ao de cima, como sempre acontece com o "lado que perdeu".
Pode ser que calhe esta leitura; obrigado pela sugestão.
Até à próxima.
Vitor
Ana, boa noite!
ResponderEliminarÉ sem dúvida uma boa sugestão.
Vivi na pele, com o regresso a Portugal o repudio mostrado aos chamados retornados na época. Era apenas uma criança e não foi muito fácil. Filha de pai militar, vivi em Angola e na Guiné, de onde vim depois do 25 de Abril de 1974.
Beijinho,
Ana Martins