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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

UM ESTRANHO EM GOA

"Para conceber Um estranho em Goa, o autor passou alguns meses na antiga possessão portuguesa na Índia.  Lá, captou todas as particularidades de uma cultura que mistura a herança portuguesa e a inglesa com a do povo hindu.  O local é apenas um dos cenários de colonização portuguesa no qual o romance é ambientado.  Agualusa ainda retrata no livro – em tempos diferentes - a Angola à beira da guerra pela independência durante o processo de descolonização e um Brasil selvagem e amazônico pouco conhecido até mesmo pelo leitor brasileiro.
Agualusa cria um narrador que é seu alter ego: José, assim como o primeiro nome do escritor, é um jornalista que procura descobrir o paradeiro do ex-militar e agente secreto angolano Plácido Domingo e cujo percurso se espalha por três continentes e localidades de culturas tão diferentes, mas unidos por um mesmo idioma.  Depois do doloroso processo de descolonização na Angola, o qual se seguiu uma sangrenta guerra civil, Domingo busca refúgio no Brasil, na selva amazônica, em meio a tribos indígenas.  Anos depois, José segue pistas que o levam a Goa, último paradeiro conhecido do militar. 
Enquanto busca reconstituir a história de Plácido Domingo, o jornalista também vai construindo sua própria narrativa, povoada de cheiros, cores e personagens únicos, como o motorista de táxi Salazar, ou Sal, que considera seu homônimo mais conhecido, um grande português.  Há Enoque, o livreiro, que se torna fonte de informação para o jornalista e escritor.  Também faz parte deste rol de tipos o proprietário do Grande Hotel Oriente Pedro Dionísio, que se torna seu amigo.  É por meio de Pedro Dionísio – e dos interesses amorosos de José, Lailah e Lili - que o jornalista tem contato com um mundo misterioso em Goa: o do sincretismo religioso, que mistura santos católicos com divindades hindus e mentes que abarcam todo o tipo de misticismo, abrindo espaço para um clandestino e perigoso mercado de comércio de relíquias.
Em Um estranho em Goa, Agualusa fez um excelente apanhado da vivência goesa, captando o complexo holograma dos sentimentos históricos e atuais da vida nessa província indiana."
 
                                                                              in http://www.gryphus.com.br/livro_estranho.html

segunda-feira, 18 de novembro de 2013


QUANDO A CHUVA PARAR
 

Duas amigas, duas horas ao telemóvel, uma  viagem de automóvel do Porto a Lisboa. Uma conversa alucinante, sem pausas. O presente e o passado ligados pelo sentido de humor. “A amizade é um luxo.”


domingo, 17 de novembro de 2013


O RETRATO DA MÃE DE HITLER

Basicamente a história tem os ingredientes necessários para funcionar bem. Como pano de fundo, apresenta-se Lisboa como rota de fuga dos refugiados da II Guerra Mundial e dos nazis, Salazar e as suas opções estratégicas, a luta pela Democracia no nosso país, os jogos diplomáticos das grandes potências mundiais.

No entanto, lamentavelmente, a um terço da história, o autor perde-se em abundantes cenas de sexo, um pouco despropositadas. O protagonista, dividido entre uma paixão e um amor, é um homem fraco no que respeita a mulheres e, principalmente, na manipulação que permite a um pai que o despreza e humilha.

A escrita é leve e fluída. O livro lê-se com facilidade.