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domingo, 4 de setembro de 2011

ILHA TERESA


    Teresa, uma jovem de 15 anos, deixa Lisboa com os pais e o irmão, mais novo, para ir viver para Nova Iorque. Sente dificuldades em adaptar-se, sobretudo no que respeita à língua. Angel, o seu único amigo, um rapaz brasileiro, homossexual, é perseguido e agredido, física e emocionalmente na escola, por causa da sua orientação sexual - a homossexualidade  é, aliás, um tema recorrente na obra do autor. O pai de Teresa morre, deixando os filhos entregues  a  uma mãe  displicente e nada afectiva. Apesar da forte ligação de protecção que tem com o irmão, a jovem começa a beber e planeia o suicídio. Mas tudo muda com a quase morte do rapazinho.
    Apesar de um estilo completamente diferente do habitual, Zimler mantém a genialidade das suas personagens.  Neste caso, destaca-se Teresa, uma adolescente detentora de um petulante humor negro e de uma incrível capacidade de amar. No seu riquíssimo mundo interior, a rapariga é uma ilha, rodeiam-na sentimentos e atitudes que – presume ela – a protegem do exterior.
    “Às vezes agarramos um momento e enfiamo-lo no bolso e sabemos que vamos andar com ele o resto da nossa vida.” Teresa
    Eis o que, na minha opinião, caracteriza a genialidade de um escritor: transformar um conceito simples em palavras memoráveis!


Richard Zimler nasceu em 1956, em Roslyn  Heights, Nova Iorque. Fez um bacharelato em  Religião Comparada, na Duke University e um mestrado em Jornalismo, na Stanford University. Trabalhou como jornalista  em São Francisco. Em 1990 mudou-se para o Porto onde foi  professor de jornalismo, na Escola Superior de Jornalismo e na Universidade do Porto.  Como escritor ganhou inúmeros prémios. Publicou:
  •  O Último Cabalista de Lisboa
  • Trevas da Luz
  • Meia-Noite ou o Princípio do Mundo
  • Goa ou o Guardião da Aurora
  • À Procura de Sana
  • A Sétima Porta
  • Confundir a Cidade com o Mar
  • Dança Quando Chegares ao Fim
  • Os Anagramas de Varsóvia
  • Ilha Teresa


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