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domingo, 2 de fevereiro de 2014


CRÓNICA DO REI PASMADO

É uma narrativa bem humorada e mordaz, repleta de críticas à moral e bons costumes da Igreja e da sociedade em geral, profundamente influenciada pela Fé.

 Transforma-se uma questão trivial - o desejo de um marido de ver a sua mulher nua (depois de ter passado a noite com uma cortesã) -  num episódio extraordinário, pelo ‘simples’ facto de o marido ser o rei Filipe IV de Espanha, II de Portugal, e a esposa a rainha.

Numa Espanha do século XVII, dominada pela Inquisição, numa época em que o formalismo da corte exigia um requerimento -  formal,  justificativo e humilhante - de cada vez que o soberano pretendesse passar a noite com a rainha, era natural que o clero fosse em defesa do pudor, da reserva e dos bons costumes, atribuindo os hipotéticos fracassos da nação à vingança divina pelos pecados carnais do rei.

No entanto, apesar das medidas tomadas para evitar que os reis se encontrem a sós, um jesuíta português, uma cortesã, uma madre superiora de um convento e um conde galego ajudarão a levar a cabo um plano que ludibrie a Igreja.








1 comentário:

  1. Olá, Ana!

    Rei com poderes limitados, carecendo de autorização para ver o que naturalmente julgava ser seu por direito...
    E atribuir os eventuais fracasso do rei ao seu comportamento em cama alheia, era argumentação "inteligente" e que dava jeito - por parte de quem defendia os valores da "moral" do tempo...

    Obrigado pela sugestão.
    Um abraço e boa semana.
    Vitor

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