... pelo simples e indelével prazer da leitura e da escrita!

sábado, 17 de outubro de 2015


DE AMARRAS

Prisioneira de um corpo que não reconheço, na memória do outro que já foi o meu.Ou não? Esse que foi e já não é terá sido meu? Saiu de mim, ganhou asas e partiu.

Poder ser outra. Esta aqui, aquela além, a outra, ainda, ali. Cortar amarras e ir. Simplesmente ir. Libertar-me deste invólucro que me prende, revestir a alma de outra matéria, escolher a pele, os olhos, as unhas… matéria que se coadune com o espírito.

Os meus sonhos têm o tamanho do mundo,o meu mundo o tamanho de um sonho.

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