... pelo simples e indelével prazer da leitura e da escrita!

domingo, 13 de janeiro de 2013


POEMA DA RECUSA

Como é possível  perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a core
nem o interior da erva

como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda
 
                     Maria Teresa Horta

1 comentário:

  1. Olá, Ana!

    Sentimento de saudade de quem nunca se teve, ou a ausência de quem se procura...

    Lindo poema!
    Vitor

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