... pelo simples e indelével prazer da leitura e da escrita!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


A VIDA NUM SOPRO

            Um romance que atravessa os conturbados anos 30, em Portugal, e que culmina num fim trágico que vinha a delinear-se desde o meio da história. Um país profundamente conservador, marcado por valores tradicionais impostos pelo Estado Novo e a sua polícia política, a PVDE.

 Lamentavelmente, explora-se mais a Guerra Civil de Espanha do que o pano de fundo histórico português. Teria sido interessante aprofundar o retrato social e político de uma época ainda tão recente e cujas repercussões ainda se manifestam na nossa sociedade. Algumas incongruências básicas tendem a baralhar o leitor.

A linguagem é corrente, simples, fluída, sem grandes pretensões a nível literário, o que me parece um incentivo à leitura por parte de leitores menos experientes.

Ao que parece, a história baseia-se na vida real dos avós do autor, o que se revela bastante atrativo. Quem não tem histórias de família deste género para contar? Falta é criatividade e capacidade de escrita – mesmo em linguagem corrente, simples e fluída! – para as contar!


José Rodrigues dos Santos nasceu em Moçambique, em 1964. Começou a sua carreira como jornalista, em Macau, na Radio Macau. Licenciou-se e doutorou-se, posteriormente, em Comunicação Social, na Universidade Nova de Lisboa, em 1987. Foi trabalhar para londres para a BBC e regressou a Portugal, em 1990, para a RTP. Colaborou com a CNN de 1993 a 2001. Ganhou vários prémios académicos e jornalísticos. Para além de jornalista é professor de ciências da educação e escritor.

Escreveu: A Ilha das Trevas (2002), A Filha do Capitão (2004), O Codex 632 (2005), A Fórmula de Deus (2006), O Sétimo Selo (2007), A Vida num Sopro (2008), Fúria Divina (2009), Conversas de Escritores (2010), O Anjo Branco (2010), O Último Segredo (2011) 

 

 

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